Parecia ser fácil comprar duas bicicletas em Hanói. Uma cidade enorme e cheia de pessoas pedalando. Talvez fosse, há alguns anos atrás. Acho que todas as bicicletas da cidade foram substituídas por pequenas motos e scooters, que se amontoam pelas ruas como um enxame de abelha. Cinco dias tentando encontrar uma loja que oferecesse o que precisávamos. E não era nada complicado. Duas bicicletas fortes o suficiente para aguentar uma pedalada de 1500km, com o mínimo de conforto.
Hanói é uma loucura. Deliciosa. Daquele privilégio que é o ame ou odeie. Nada de meio termo. A mediocridade passa longe da cidade que fez da França, China, e ainda encontra espaço pra existir forte no meio de todas essas influências pesadas. A força da cultura do Vietnã bem maior do que o imaginário que construímos. O chapéu é a ponta de um imenso iceberg. Uma história milenar e dura, onde a sobrevivência do sorriso constante é a maior evidência de um povo especial.
Depois de muito custo, compramos duas bicicletas Giant fabricadas na China, mais falsas que nota de 3 reais. Câmbio “Shimino” de 21 velocidades, suspensão dianteira, freios a disco mecânicos e bagageiros fortes. Cem dólares em cada uma. Bom custo benefício. A ideia era vendê-las quando terminássemos.
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